sábado, 29 de maio de 2010

Direção: Sidney Lumet

"Que você esteja no paraíso por meia hora antes que o diabo saiba que você está morto."

"Soberbo... Assista o quanto antes. Este filme gruda em você e não te deixa pensar em outra coisa".
                                                         (Roger Ebert, Chicago Sun Times)


Um filme meio antigo, de meados de 2008, que vi na locadora este fim de semana, e me chamou muito atenção pelo nome, no minímo bem sugestivo.

Tendo assistido ao filme o que posso dizer é que ele peca muito em coisas simples e principalmente nas atuações, que em momento algum ganham a profundidade necessária, falta um algo mais, e saliento que este não é um filme ruim, mas nem de longe é "o filme".

A história:

Andrew "Andy" Hawson (Philip Seymour Hoffman) e Hank Hawson (Ethan Hawk) são irmãos. Andy é um executivo viciado em drogas, com um casamento cansado e a beira do abismo. À procura de dinheiro para se mudar para o Brasil e enfim ter uma vida feliz ao lado de sua esposa (Marisa Tomei) ele se vê fazendo jus à frase: o fim justifica os meios. Já Hank é divorciado e tem uma filha, cuja pensão mal consegue pagar, assim como suas outras contas. Os problemas financeiros de ambos leva Andy a arquitetar um assalto a joalheria da família e enfim resolver o problema de ambos, sem outra opção e fascinado com a alternativa de enfim poder resolver sua vida Hank aceita a proposta.

Aparentemente um trabalho fácil, visto que os dois já trabalharam na loja, mas um instante de desatenção e diversos acontecimentos inesperados transformam o que seria uma maneira fácil de se ganhar dinheiro em uma desesperadora corrida contra o tempo e contra todos. Ao invés da velhinha que habitualmente cuida da loja, naquela manhã quem abriu a loja foi a mãe de Andy e Hank, que acaba levando um tiro de um rapaz contratado por Hank para entrar e pegar todo o dinheiro e jóias, rapaz este que acaba morto, vitima de tiros disparados pela Sra. Hawson.

E neste ponto a história se abre para dois caminhos diferentes, em um deles os irmãos Hawson tentam fugir daquilo que fizeram e esconder seu crime, apesar dos diversos problemas e reviravoltas que os esperam. Por outro lado, o pai deles, Charles (magistralmente representado por Albert Finney), quer vingança pela que aconteceu com sua esposa e começa uma corrida para descobrir quem estava por trás do assalto, isso, claro, sem saber que está atrás dos filhos.


Uma proposta boa, um ótimo grupo de atores e um bom diretor. Infelizmente o filme comete muitos erros, seja na montagem e edição ou nas própria atuações, e por isso as vezes tem um ritmo meio quebrado e pouco convincente. Logo na primeira metade da fita já sabemos a história toda, conhecemos os fatos que levaram ao acontecimento fatal do filme e sabemos quem vai acabar se ferrando com tudo.

Eu, sinceramente, esperava mais da história e do desenvolvimento dos personagens, que com pouca profundidade e muita trama acabam se tornando cansativos e com isso o filme se torna um pouco chato e massante, longe da soberbidade anunciada. Mas além dos erros o filme também acerta em alguns momentos, acerta principalmente em deixar a vida ainda mais difícil para os irmãos Hawson a cada nova cena, nos fazendo sentir receosos e impacientes pelo fim, inesperado, diga-se de passagem, porque a história nos leva a imaginar um fim provável, talvez dois, mas quando finalmente acontece, somos pegos de surpresa e é realmente no fim do filme, em sua última cena que o filme faz seu principal acerto de contas e se redime pelos momentos chatos que nos proporcionou, momentos estes que são mais do que necessários para o seu desfecho (tavez nem todos, mas enfim...).

Quando as duas histórias finalmente convergem em uma só é que o filme deixa de ser massante para se tornar o mais verdadeiro possível, despertando e questionando valores éticos e morais da maneira mais inesperada. Apesar dos problemas é um bom filme que aconselho a todos.

Até mais.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Análise - A Onda

Diretor: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel e Todd Strasser

Este filme é certamente uma das melhores escolhas que eu fiz nos últimos tempos, e se eu posso recomendar um filme para qualquer dia de vossa semana, para qualquer hora e para qualquer ocasião, aqui está, "A Onda".


É possível uma nova autocracia surgir nos tempos de hoje, onde todos são tão superiores e pouco se interessam  pelo ativismo político? Está é a questão chave que o professor Rainer Wegner quer debater com  seus alunos na aula de Autocracia. Rainer decide criar um regime autoritário na sala, onde ele cria as regras e quem não as segue simplesmente está fora, tudo para mostrar aos seus jovens alunos como funciona na prática o fascismo. O que era para ser apenas um experimento didático se transformou em uma lavagem cerebral nos estudantes que passaram de desleixados estudantes à fascistas anti-anarquistas.

A história é baseada em fatos reais e aconteceu na Califórnia em 1967. O professor de História Ron Jones resolveu criar este experimento, chamado de "A Terceira Onda" para mostrar aos seus alunos que alguns alemães alegaram ignorância perante o Holocausto da Segunda Guerra Mundial.

Voltemos ao filme. Tecnicamente impecável e bem seguro. Com um bom ritmo e roteiro não somos tentados a abandonar o filme e muito menos nos damos ao luxo de piscar. Atuações seguras dos jovens atores, e se não foram atuações épicas, pelo menos foram consistentes.

O filme ganha profundidade com o passar das cenas através das relações que o filme apresenta, seja entre amigos, namorados, professores ou mesmo pais e filhos, chegamos em um ponto do filme onde é imprescindível saber discernir entre aquilo que devemos fazer e quando devemos parar de fazer. E tudo apenas nos prepara para um final trágico, ou talvez nem tanto. Um final que certamente choca e acima de tudo provoca ainda mais reflexões, mantendo o filme em nossas cabeças por algum tempo mesmo depois de seu fim.

O filme:

Somos apresentados sobriamente aos diversos personagens que compõe a película, sem pressa, cada coisa no seu lugar. E quando menos esperamos lá estamos nós assistindo às aulas do Her Wegner. E junto com os personagens participamos da escolha do nome do movimento, vandalizamos as ruas em busca de identidade e o que era para ser uma semana experimental se transforma em uma verdadeira onda, como estabelece o próprio nome do movimento.

Os alunos passam a se vestir igual, a pensar igual e a se relacionar de formas diferentes, excluindo aqueles que não aderem aos seus ideais de uma Alemanha melhor. Transformam a figura Anarquista no inimigo a ser batido, "Força pela Disciplina" diz seu lema. E quando chega a hora de acabar com tudo e voltar a rotina, às aulas de matemática, ciências e alemão, Reiner começa a perceber que algo mudou, ele havia perdido o controle e os alunos começavam a propagar a idéia de unidade entre eles e estavam cada vez mais violentos com os que não eram parte d'A Onda.

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Este filme sutilmente nos leva à uma brilhante análise do fascismo e seu poder de disseminação. Nós sabemos tudo e não cometeremos os mesmos erros do passado? Será? Será que os mesmos erros que estamos cometendo hoje já não foram cometidos? O filme traz milhares de perguntas a tona, e não cabe a ele responder, e sim nos fazer pensar no assunto. A idéia do filme foi trazer história a Alemanha contemporânea e apresentar idéias e mensagens de uma maneira natural, sem forçar a barra em momento algum. Desta forma somos apresentados a temas extremamente fortes de forma simples e sem parecer forçado. Por exemplo, temos nas figuras de duas jovens a imprensa derrotada contra um movimento cada vez mais forte, ou uma outra cena, onde vemos alguns integrantes d'A Onda em um embate com Anarquistas, o que parece ser só mais uma briga de rua idealiza toda uma gama de ideais políticos e cívicos, que ganham simplicidade e suavidade no filme. Até mesmo a idéia de um símbolo para representar um surgimento de uma nova idéia e um novo ideal é referência na fita.

Será mesmo que em uma época onde estamos cada vez mais individualistas, apesar de nos acharmos unidos acerca de culturas, religiões e liberdades expressivas, estamos cavando uma cova para nós mesmos? Será mesmo que bastaria uma pessoa carismática o suficiente para que a história então se repetisse novamente?

"A Onda" critica e avisa, nossa juventude pouco se importa com o mundo ao seu redor, mas e se de uma hora para a outra começarem a se importar? Em um mundo onde a televisão acalma e é fruto do conhecimento massificado, estamos presos em uma jaula, adestrados e sem poder, mas algo está esquecido. Os jovens são cada vez mais influenciáveis (culpa da televisão?) e em busca de algo maior para suas vidas, e se alguém lhes oferecer isso?

Até mais.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Análise - A Hora do Pesadelo

Direção: Samuel Bayer
Roteiro: Eric Heisserer

Remake do clássico filme de 1984 do diretor Wes Craven, a nova versão chega em busca de novos fãs para a série, com algumas mudanças, uma nova trama, um novo Freddy Krueger e o mesmo estilo "slasher movie" de sempre.

A história:

Um grupo de jovens unidos por um passado trágico começam a dividir um mesmo sonho, aliás, um mesmo pesadelo. Todos estão sendo perseguidos por Freddy Krueger enquanto dormem, indefesos diante do monstro, tudo que podem fazer é lutar contra o sono que acaba vencendo pelo cansaço. Na trama nada de diferente, o filme em geral não apresenta grandes novidades ao genêro terror / suspense. Mas não é por isso que deixa de ser muito bom.

Tudo que estes jovens podem fazer para tentar se livrar de Freddy é entender o passado que esconde as razões do ódio do assassino por eles. E é isso que eles fazem, ou pelo menos os que sobrevivem fazem.

Enfim, todo mundo sabe o que vai acontecer, o interessante do filme é como as coisas acontecem. Com cenas interessantes e diálogos secos e rápidos o filme segue um bom ritmo que pouco deixa a desejar em questão de roteiro e continuidade. Se você quer assistir a um suspense super trabalhado com diálogos extensos, tramas mirabolantes e atuações impecáveis, bom... preciso lhe dizer que está no caminho errado se acha que "A hora do pesadelo" será o filme a proporcionar tais momentos. Ele serve como diversão momentânea, é um filme a se deixar na gaveta para quando bater uma saudade, mas nada além disso.

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Obviamente a fita deixa a desejar em alguns aspectos, mas pera lá... Li muitas críticas sobre o filme. Dizem que falta algo, clamam por uma trama mais fiél à original, se perguntam o porque da pouca participação da rua Elm na trama, e não cansam de bravar que este remake não chega aos pés do original. Bom... eu acho que chega sim aos pés da versão de 1984. Não só chega como, dependendo do dia, pode até ser melhor. Erros? Ambos os filmes tem, mas, e isso é minha humilde opinião, este novo tem uma trama muito mais consistente, apesar de simples não há nenhuma falha (grotesca), apenas peca na inexperiência do roteirista que faz seu debut em "A hora do pesadelo". E se não há atuações memoráveis, certamente nenhuma deixa a desejar.

Uma coisa que não posso deixar de comentar, e aí sim, neste ponto não há espaço para debates, é sobre as cenas onde Freddy assola os jovens em seus sonhos. Samuel Bayer de forma preguiçosa conseguiu estragar um dos pontos mais interessantes da primeira versão que era a sensação de nunca sabermos se os personagens estavam ou não sonhando. É tudo mastigado neste filme. Ele chegou a idiotice de mudar o tom das cores toda vez que o filme entra no sonho de um dos personagens... e com erros nítidos de direção acabamos sabendo exatamente as horas que devemos nos assustar... Não que isso nos poupe dos sustos.

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E as mortes? Se não foram as mais marcantes mortes do cinema, são no mínimo interessantes. Podíamos ter tido algo além do clichê das duas olhadinhas para o lado e bãã. Mas tudo bem, dá para relevar, até porque mesmo se deixando levar por este típico jeito de assassinar personagens o filme não perde em criatividade ao explicar aos poucos toda a história que liga todos aqueles jovens ao horrendo Freddy. 

E falando no Freddy, interpretado neste remake pelo veterano Jackie Earle Haley, devemos também abaixar a cabeça e apenas concordar que o vilão de chapéu sujo e agasalho listrado protagonizado em 84, magistralmente, por Robert Englund fica há anos luz em questão de interpretação, milhares de vezes melhor. Não tenho muito o que falar sobre isso, vejamos assim: um dá medo e o outro dá, seilá... pequenos calafrios?

A intenção do filme era atualizar a franquia para a nova geração e ganhar uns milhões. Ok, feito! Agora, se o filme vai ou não criar mais uma legião de fãs como o seu progenitor não sabemos, os tempos são outros, a juventude é outra, em tempos onde Justin Bieber é o rei do pop e Robert Pattinson é um bom ator, o que podemos esperar? Aliás, acho que o Freddy Krueger podia pensar seriamente na idéia de perseguir estes dois em seus sonhos.

Bons sonhos e até mais.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Análise - Robin Hood

Direção: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland, Ethan Reiff e Cyrus Voris

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Nada demais.

Pronto. Para que esperar até o fim do post para dizer o que achei do filme?


Robin Hood vêm sido tema de filmes, músicas e muitos outros tipos de manifestaçõe artísticas há muito tempo. Camuflado em verde, Robin é um arqueiro exemplar que rouba dos ricos e dá aos pobres, fazendo sua lenda famosa ao redor do mundo pelo seu lado heróico e algumas vezes zombeteiro, visto o modo com que tratava os membros da realeza. Nas mãos de Scott e Crowe o "jovem" Robin, com o perdão das haspas, passa longe de tudo que estamos acostumados a ver e ouvir do arqueiro. Com um roteiro arrastado e cenas cansativas somos imersos em um mundo que, pelo menos a mim, não interessa e não prende. Cheio de tudo aquilo que estamos acostumados a ver em filmes épicos a fita pouco inova e ainda por cima transforma uma história rica, divertida e sempre emocionante em nada além de um filme histórico, bem feito, caríssimo, e infelizmente chato e cansativo.

A história:

Robin Longstride (Russel Crowe) é um arqueiro a serviço da Inglaterra nas Cruzadas. Logo no começo da fita somos brindados com cenas de batalhas épicas, nada de inovador, bonitas fotografias, boa iluminação, tudo que um bom diretor faria com muito dinheiro. Mas até aí tudo bem, certamente não é em meio a uma batalha no começo do filme que queremos ver a que veio o filme, mais um pouco e certamente o filme iria nos presentear com doce surpresa, foi o que pensei. Ah sim, boas cenas ainda surgiriam, bons diálogos, uma trama que iria aos poucos nos prender se revelaria e o filme então faria jus a toda badalação. Doce ilusão. 

A Inglaterra da época é regida pelo Rei Ricardo Coração de Leão (Danny Huston), que gasta todo o dinheiro do povo em sua Cruzada enquanto a miséria assola seu nobre país. Durante uma invasão o rei é morto e a coroa passa para seu irmão mais novo, o inconsequente e jovem João, que pouco liga para o povo desde que sua barriga esteja cheia e sua cama ocupada.


Robin e alguns companheiros, após a morte de Ricardo, fogem rumo à novas vidas longe de tudo aquilo que eles tem visto nos últimos dez anos. No caminho de volta a Inglaterra eles descobrem uma emboscada para matar Ricardo, já morto. Emboscada esta preparada pelo maior inimigo inglês, a França, que tem ao seu favor um traidor da Inglaterra e melhor amigo do agora rei João, Godfrey, protagonizado por Mark Strong.

Uma promessa levará Robin ao condado de Nothingham onde ele conhecerá a Lady Marion Oxley (Cate Blanchett) e o Sir Walter Loxley (Max von Sydow), estas duas figuras importantes para o futuro de Robin e para o entendimento de seu passado trágico e esquecido.

Uma série de acontecimentos nos levarão enfim ao final pouco surpreendente e ainda menos emocionante, onde Robin, agora Hood, enfrentará o exércio francês pelo país que o rejeitará e fará dele um fora da lei.

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Se você não conseguiu conciliar bem Robin Hood com a história acima, tudo bem, poucos conseguirão, e é este o ponto principal do filme de Ridley Scott, ser diferente de tudo já feito e imprimir toques de veracidade a história do mais querido arqueiro de todos os tempos. Mas eu me pergunto, como é possível passar esta tal verdade, uma vez que nem sequer há provas da existência de Robin Hood?

Mas enfim... O problema do roteiro não é tentar ser diferente, é tentar ser verdadeiro em um território onde a verdade inexiste, mas uma vez que a proposta era passar confiança a história e fazer-nos entender todo o contexto histórico da época que levariam Robin Longstride a tornar-se Robin Hood, o minimo era fazer isso com um roteiro bem construído e convincentemente, o que infelizmente não acontece.

O roteiro é recheado de coincidências que chegam, em um certo ponto, a irritar. Não vou citar uma a uma aqui para não estragar a surpresa do filme aqueles que ainda não assistiram, mas não e difícil pereceber as coincidências, que no fim levarão Robin ao único homem capaz de explicar e esclarecer o seu passado, que fará dele um novo homem, um homem que ao lado de seus fiéis amigos comandará milhares frente ao exército fracês, um simples arqueiro empunhando uma espada e martelo como um verdadeiro cavaleiro, este simples arqueiro que do nada é um exímio líder, e o pior de tudo, lutará ao lado de Blachett, que de dona de casa passa a usar uma armadura e lutar ao lado da Inglaterra.

Mas esquencendo as falhas no roteiro, "Robin Hood" ainda assim não é, ao meu ver, um bom filme, e isso porque ele não é nada além de uma mistura do melhor de "Cruzadas" com o charme, neste filme pouco convincente, do general Maximus de "Gladiador". O diretor de fotografia dos três filmes é o mesmo (John Mathieson), não que ele seja ruim, ele apenas não inovou em nada do que já tinha sido feito anteriormente, o que apenas ressaltou a pouca diferença entre os filmes.

E o que poderia, e deveria, salvar o filme, seriam as atuações, que infelizmente com pouca energia e sem sucesso foram apenas mais um erro do filme, pobre em toda sua essência. Russel Crowe não chegou nem perto da sua aclamada atuação em "Gladiador", apesar das tentativas constantes do roteiro de fazê-lo. Não convenceu no papel de Robin Hood e suas expressões remetem mais há um sábio senhor que tem o papel coadjuvante de guiar um herói ao triunfo, e nem de longe nos convence em ser o herói da história. Com falas manjadas e a obscenidade que foi este roteiro, sinto dizer que é apenas um filme que Crowe deveria esquecer e fingir que nunca existiu, porque este, certamente foi sua pior atuação que eu assisti, talvez um retrato de que nem o próprio, um dos produtores do filme, não acreditava no sucesso da trama?

E a pobre Cate Blanchett? Provavelmente sua razão foi obscurecidade pelo grandioso projeto e seu entendimento e discernimento foram afetados por alguma força maligna que a levaram a aceitar este papel medíocre, e como dito anteriormente muito mal trabalhado. Teve uma atuação convincente dentro do esperado, linda como sempre, fez o que o roteiro pedia, e foi este seu erro. Devia ter ter pulado fora quando teve a oportunidade, porque deveria ser óbvio para uma atriz de seu porte que a personagem a quem ela estava dando vida seria um fracasso, além de um prato cheio para críticas.

Talvez a única salvação dentre as atuações tenha sido o Sir Walter Loxley (Max von Sydow), que apesar da idade foi magnificamente bem no papel de mentor de Robin e peça fundamental do roteiro para a transição do arqueiro veterano das cruzadas para aquele Robin Hood que conhecemos, que tira dos ricos para entregar aos pobres.

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Erros marcaram a produção deste filme e mostraram que nem todo o dinheiro possível pode consertar más idéias e egos inflados como o de Ridley Scott, que conseguiu graças ao seu amor pela história e a vontade de ser o melhor e o mais diferente, estragar uma história que nas mãos de outras pessoas renderia um grande filme. Mas há esperança no fim do túnel. O filme mostra a origem de Robin Hood e a ascensão do Rei João ao poder, logo em uma possível continuação poderemos ser finalmente presenteados com o filme que todos queremos, desde que os erros (óbvios) deste filme sejam consertados e todo o idealismo e pesquisa histórica dêem lugar ao imaginário, para então sairmos do cinema no fim da sessão de "Robin Hood 2" e pensarmos, "Agora sim eu vi o um filme sobre Robin Hood", porque se as pessoas quisessem aulas de história, certamente não iriam assistir a um filme sobre Robin Hood, elas assistiriam ao History Channel.

Ps: Nada contra contar fatos históricos através de filmes, porque muitos dos melhores filmes são baseados na nossa nem tão breve história, como "Cruzadas" e o próprio "Gladiador", mas atrelar fatos históricos a ficção deve ser feito de forma cuidadosa e acima de tudo, quando pertinente.

Até mais.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Análise - A Verdade Nua e Crua

Direção: Robert Luketic
Roteiro: Nicole Eastman, Karen Mccullah Lutz e Kirsten Smith


Antes de falar do filme vamos a uma analogia que talvez vos faça entender a minha frustração / animação com o filme:

Você chega em um restaurante... você sempre vai lá com sua mulher, namorado, marido ou afins. O lugar é enorme e o melhor de tudo, está vazio. Legal, pode escolher o lugar que preferir. Então você para, olha ao redor e vê uma mesa no canto do salão, ao lado de uma pequena janela, um lugar bem familiar e gostoso, sempre que vai a este restaurante acaba sentando lá, e é sempre atendido pelos mesmos dois ou três garçons de lá. No fim você acaba pedindo o mesmo salmão da última vez, ou o macarrão da penúltima, são os melhores pratos, para que mudar?

É... meu caro amigo, vou lhe dizer que tanto você quanto eu somos assim, talvez não tão especificamente sobre comida e restaurantes, mas sobre filmes. Quando acabei de assistir "A Verdade Nua e Crua" eu parei uns instantes e refleti sobre o filme que eu havia acabado de assistir. Ele é bom tecnicamente mas tem um roteiro para lá de gasto e conhecido. E o pior de tudo? Eu gostei. Quer saber o que é ainda pior? Você provavelmente também irá gostar, se já não tiver gostado. E é por esta nossa fragilidade de sempre nos animarmos com filmes "novos, porém iguais a tudo" que estes ditos cujos continuam sendo produzidos e aparecendo aos montes (e dando certo!).

Uma fita cujo roteiro é fraco e com uma direção, nada além de, competente e fiel a proposta: divertir durante esquecíveis uma hora e meia.

A história:

Abby Richter, vivida intesa e perfeitamente pela belíssima Katherine Heigl, é uma produtora de um programa matutino de notícias. Ela é workaholic, controladora, metódica e tem uma certa "dificuldade" quando a questão é se relacionar. Mas as coisas estão prestes a mudar quando ela conhece o "jack ass, mother fucker", além de grosso e convencido, Mike Chadway (Gerard Butler). Mike é apresentador do programa The Ugly Truth, que é o nome original do filme. Mike é da opinião de que os homens são todos iguais, só se interessam por seios e bunda, e pouco se importam com o intelecto de uma mulher (ok, pode até em parte ser verdade, mas o mesmo serve para as mulheres).

O programa de Abby está indo de mal a pior com sua audiência cada vez mais baixa. Diante disto os diretores resolvem contratar Mike, contra o gosto de Abby, claro. E o pior de tudo para ela é que dá certo. The ugly truth vira um sucesso matinal e ela aos poucos começa a ceder, pelo menos, ao talento do rapaz. Afinal, o fim não justifica os meios?

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"A Verdade Nua e Crua" é recheada de clichês que no fim acabam sendo bons a trama. Apesar de sua história batida e cansativa ele nos prende até sua cena final, que diga-se de passagem não é nem de longe uma surpresa, aliás, nenhum pedaço do roteiro nos surpreende, tudo acontece exatamente como devia acontecer, como estamos acostumados a ver acontecer em todos os filmes deste gênero.

Hit's musicais comtemporâneos dão um ritmo às cenas e um ar meio cult-pop em alguns momentos, além de uma fotografia simples, porém eficaz, que em certas horas parece remeter ao estilo utilizado em telenovelas, que, confesso, é legal de ser usado em certas partes do filme.
Mas apesar dos pesares é um bom filme, que diverte, prende e nos faz dar uma ou duas risadas, e ao fim da fita nos leva a pensar, nem que apenas um pouco, no amor e seu estranho jeito de acontecer.


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As (2) atuações...

Katherine Heigl é uma ótima atriz. A cena em que ela tem um orgasmo na mesa de jantar de um restaurante chique é demais, não é nenhuma Meg Ryan, mas é boa. Nem de longe lembrou suas atuações em Grey’s Anatomy, que eram, no geral, ruins, apesar de eu gostar do seriado. Deu um algo a mais a personagem, além de beleza, óbviamente. Com um humor inteligente deu uma vida a uma ótima personagem, que se não será lembrada eternamente por este papel, pelo menos a fará ser lembrada em Hollywood, porque potencial para algo melhor ela tem, apesar das criticas.

Gerard Butler... Depois de “300” nem tem como questionar o cara. Ele é foda, com o perdão da palavra. O papel lhe caiu mais do que bem, e entre os dois protagonistas é disparado o que atuou melhor. Apesar do personagem não ser uma benção em sua vida, ele conseguiu com um pouco de talento dar uma lapidada e nos divertir com algumas boas piadas e ótimas tiradas.

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Se no fim de nossas vidas o que levamos são apenas o conhecimento e as recordações, prepara-se para não levar "The Ugly Truth" com você para o túmulo. Certamente a fita não será uma referência para nosso futuro, mas é uma ótima pedida para passar um tempo despretencioso e relaxado. Se for ver com um namorado (a) então, ainda melhor, desta forma consegue passar pelas cenas mais chatinhas com um ou outro beijo.

É isso aí, até mais.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Análise - Homem de Ferro 2

Direção: Jon Favreau

Um dos blockbusters mais esperados do ano, criticado por alguns fãs mais fervorosos, mas um belo filme, que, na minha humilde opinião, superou o primeiro, talvez não no roteiro, mas no todo. "Iron man 2" além de nos mostrar diferentes faces do viciante Stark nos introduz ao que, penso eu, ser uma nova forma nos filmes da Marvel, e os próximos filmes irão apenas nos confirmar e preparar para o que está por vir, o tão aguardado "Os Vingadores".

Quando você é criança, e ainda por cima menino, HQ's são, no mínimo, viciantes, e com a internet então, eu passava tardes baixando mangás e histórias da Marvel e DC, e mesmo que seja de uma forma meio desajeitada, ainda mais voltada para a renda do estúdio do que para diversão do público é ótimo ter a oportunidade de assistir nas telonas títulos como Batman, Iron man, Spider-man, Superman e afins... E mesmo aqueles que não gostam tanto, tenho certeza que sempre estão nos cinemas assistindo, porque estes filmes são blockbusters, bem feitos e bonitos, além das histórinhas de superação e companheirismo que agradam toda a família. Começo este post, antes de falar sobre o nosso título, "Iron man 2", expressando minha enorme expectativa para os próximos filmes da Marvel, "Thor" já está me deixando louco antes mesmo de ser filmado. Considerem isto mais um desabafo de um nerd do que como algo útil para vossas vidas, vamos chamar de "momentos que perdi lendo algo inútil". Já tive vários, foi a vez de vocês.


Vamos nos voltar ao que importa por agora, falar de "Homem de ferro 2", tenha você gostado ou não, não há como negar que todos nós que assistimos o filme precensiamos um espetáculo visual e musical.

O filme:

O mundo inteiro conhece a identidade do, até então, invencível Homem de Ferro: o bilionário Tony Stark (Robert Downey Jr.). Egocêntrico e confiante demais ele acredita estar "Privatizando a paz" através de seu alter ego de ferro.Por outro lado, o governo dos EUA acham que tem o direito de ter a armadura e tentam fazer com que Tony lhes forneça tal tecnologia, em vão. "O mundo está há anos de ter esta tecnologia, talvez 5 ou 10", diz Stark perante o congresso americano em Washington. Poucos dias depois em Monaco, Ivan Vanko, a mente maligna da trama (Mickey Rourke), aparece com um protótipo muito similar ao de Stark criando pânico e desconfiança. As pessoas começam a se perguntar se o Homem de ferro é realmente invencível e se podem confiar sua segurança a ele.

Em meio a este caos, a guerra entre as empresas de armamento de Tony Stark e a do também bilionário, Justim Hammer (Sam Rockwell) só aumenta. Hammer tenta de todas as formas vencer o concorrente, e vê em Ivan Vanko a forma perfeita de aperfeiçoar seus primitivos protótipos da armadura de ferro.

Como eu disse, a trama não é lá grande coisa, o primeiro filme foi bem melhor amarrado e tecnicamente muito bom, mas este segundo teve um algo a mais, um charme. Fomos apresentados a um lado humano de Stark cada vez mais em foco, e a forma como ele lida com a morte, com seus projetos e com o amor são muito bem trabalhados neste filme.

A fita tem um ritmo legal e recheado de diálogos rápidos, mas apesar disso falta um pouco de ação, um pouco de heroísmo e, me atrevo a dizer,  falta de tato dos produtores / diretor / roteirista.

 Apesar da infantilidade de algumas cenas e o tédio de alguns diálogos, acaba entretendo, que é, no fim das contas, o grande intuito do cinema, ou não?

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Vamos comentar um pouco as atuações...

Robert Downey Jr. foi, mais uma vez, a alma do filme. Tudo bem, ele é o astro principal, o Homem de Ferro, mas a atuação dele foi muito boa. Acima da média de muitos filmes de super-heróis por aí. E o estilão egocêntrico meio nem aí para os outros lhe caiu como uma luva, estranho, não? Ele conseguiu fazer de Tony Stark um personagem a se admirar e se gostar. Não consegui prestar atenção em mais ninguém quando ele estava em cena, impecável a atuação do rapaz.

Scarlet Johansson... Ahhh... a mulher mais linda do cinema atual, cantora, intelectual e uma ótima atriz. Infelizmente teve um papel pífio, que serviu apenas para apresentar a Viuva Negra ao público e dar um gostinho do que está por vir... mas tenho certeza que em futuros filmes ela terá muito mais espaço. Só a cena de luta que ela protagonizou no fim do filme já valeu parte do ingresso hein, quando ela arrebenta uns, seilá, 20 capangas da Hammer Industries. Mas apesar dos pesares foi muito bem e não há o que reclamar de sua atuação, não fosse quem fosse, seria apenas mais uma.

Gwyneth Paltrow mais uma vez protagonizou a irritante Pepper Potts. O seu nome já irrita, seu personagem é fraco e pouco importante para a trama, sendo útil apenas para trazer um certo romance a vida de Stark, mas fora isso, nada além de desnecessário. E o problema não é a pobre Gwyneth (claro que todos entenderão o sentido de pobre aqui, certo?), mas sim sua personagem, longe de eu estar dizendo que ela atuou mal, pelo contrário, fez o que pode com "aquilo" que lhe deram. Diálogos idiotas e cansativos perseguiam a moça, cenas desconfortáveis e nada úteis para o ritmo da trama, a aparição da moça era o momento perfeito para se ir ao banheiro ou pegar o refil daquela pipoca. Infelizmente, porque A Gwyneth Paltrow merece muito mais que isso, e já mostrou que tem muito mais a oferecer.

Mickey Rourke protagonizou Ivan Vanko, um russo bad boy que busca na destruição de Stark um jeito de consertar um passado negro para sua família e criar um novo mundo, através da física e tecnologia. Este sim é um personagem cheio de clichês: todas as tatuagens, o palito de dentes no canto da boca e o jeitão de mal de Ivan. Se só sua presença já seria um algo a mais a ótima atuação, ligada a outros fatores, fez o filme se estabelecer em um patamar que fica impossível dizer que foram apenas duas horas de entretenimento que logo esqueceremos.

E para finalizar sobre atuações, e com chave de ouro temos Samuel L. Jackson. Apareceu em poucas cenas, mas quando apareceu, apareceu mesmo. Personagem interessante na trama, que é o ponto de ligação de todas as histórias futuras da Marvel, lembrou os velhos tempos de Samuel L. Jackson, velhos tempos nem tão distantes. Eu não consigo pensar em um Nicky Fury melhor. Se a ótima Gwyneth teve o fardo de carregar a Srta. Pepper Potts e suas diálogos cansativos, temos o outro lado onde com carisma e bons textos Samuel nos presenteou com momentos únicos.

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Poucos cenas de ação, mas muito boas. Uma trilha sonora espetacular e um Robert Downey Jr. no auge da forma são os principais ingredientes desta fita que chega trazendo uma nova proposta da Marvel, a fusão de suas histórias. Percebemos isso quando vemos o escudo da capitão américa no meio do filme, usado como um apoio de metal, ou na cena pós créditos, não deixem de conferir esta cena. E que venha "Os Vingadores".

Até mais.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bom, podemos seguir duas linhas de raciocínio após o filme. Ou a gente fica pensando no quão diferente da história original é ou ficamos maravilhados com o belo filme que presenciamos e esquecemos de tudo que conhecíamos da jovem Alice ou do nosso querido Chapeleiro.

A história:

Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem inglesa de uns 16, 17 anos, prestes a receber uma proposta de casamento de um inglês pouco atraente que pouco combina com o intelecto visionário da menina. Alice tem, desde muito pequena, recorrentes sonhos sobre um mundo fantástico, ao qual ela se refere como o País das maravilhas. Nestes sonhos ela vê uma lagarta que fala, aliás, muitos dos animais de seu sonho falam, ela sonha com dois gemeos gorduchos engraçadinhos, um Sr. que usa sempre o mesmo chapéu e está sempre tomando chá, uma rainha....não, não, são duas rainhas...

Se você se chocou ao ver Harry Potter no cinema após anos lendo os livros e imaginando cada umas das cenas nas telonas, certamente "Alice" será um desafio aos seu senso critico, mas confessem, não foi bem mais legal começar o filme diferente da já passada cena onde Alice está deitada na grama antes de ver e seguir um coelho branco?

Nesta história Alice está um pouco mais velha, a história se passa anos depois das primeiras aventuras da meninas em Wonderland, e as coisas estão mudadas por lá, a rainha vermelha (Helena Bonham Carter), que se no livro era uma paspalha onde onze entre dez palavras eram: "Corte a cabeça dele/dela", "Cortem-lhe as cabeças" (óbvio que ninguém a obedecia), no filme ela é uma megera, continua paspalha, mas todos as obedecem, e o incidente das tortas que marcava o fim da história do primeiro livro é um pano de fundo no filme, para apresentar a personagem de Helena Bonham Carter aos telespectadores. Mas já que começamos a falar de personagens, vamos ao Chapeleiro (Johnny Depp). No livro ele nada mais é que um Chapeleiro maluco que passa os dias tomando chá e se diz amigo do tempo. No filme não só é o mentor de Alice no país das maravilhas, como se torna um affair, um affair? Pelo amor... Isso é pedofilia, mas tudo bem já que estamos falando de uma história de Carrol... Enfim, no filme o personagem de Depp passa de um personagem cômico e querido do livro para um icone da revolta contra a Rainha Vermelha e ascensão de sua irmão a Rainha Branca (Anne Hathaway). Falando em rainha branca, o que eram aquelas mãozinhas dela? Parecia uma dançarina de ballet, linda como sempre, protagonizou várias belas cenas, tanto pela atuação, como pelas suas roupas, maquiagem... só aparecendo ela já faz uma baita diferença.

Voltando a história... eu disse que as coisas estavam um pouco mudadas em Wonderland. Depende do ponto de vista, claro. Para ser sincero, a história em si pouco inova e menos ainda prende o telespectador. Alice volta para salvar o mundo da Rainha vermelha, o Oráculo mostra que no futuro será a jovem Alice que derrotará o Jabberwocky, o mais temido monstro do wonderland, no "Frabulous day" devolvendo o poder a Rainha Branca. Um pouco de romance no meio, algumas pitadas de comédia, um visual magnifíco, que pouco utilizou a projeção 3D, e pronto, está aí "Alice in Wonderland", nada além de um bom filme, bonito e que nos dá um gostinho a mais de Tim Burton, o que já esta ótimo.

Não me entendam mal, não acho que o filme devia ser uma cópia fiél do livro, acho que ter sido bem diferente foi bom, mas faltou algo, algo que temos esperado há meses, desde o anúcio da estréia. Quem não se deliciou pensando no lago de lágrimas de Alice nas mãos de Burton? Bom, eu pensei muito...


Outro comentário... O livro de Carrol é totalmente sem nexo, personagens aparecem e somem do nada, a história não tem um porque, assim como os acontecimentos, mas é tudo muito bem escrito e amarrado, e no fim você se delicia com todo este non-sense, e infelizmente o filme foi muito certinho, uma batalha entre o bem e o mal, que nem de longe existe no mundo fantasioso de Lewis Carrol. Lamento pela falta de algumas coisas, mas brindo ao filme, que de um ponto de vista técnico foi bom, uma fotografia muito boa, um figurino colorido e agradável aos olhos, atuações boas, nenhuma espetacular, mas no geral boas...

De qualquer forma, é impossível, se você leu o livro não fazer referências, mas no final tudo dá certo, não é? E o filme acabou dando, de um jeito inusitado... Aconselho vocês a assistirem, se ainda não o fizeram. Como eu disse, visualmente é lindo, ótimo para aqueles que preferem filmes à livros, mas se você gosta de ler um bom livro imaginando todas aquelas palavras pulando para fora e exercitando seu imaginário, compre o livro e boa leitura.

Até mais.