sexta-feira, 7 de maio de 2010

Análise - Homem de Ferro 2

Direção: Jon Favreau

Um dos blockbusters mais esperados do ano, criticado por alguns fãs mais fervorosos, mas um belo filme, que, na minha humilde opinião, superou o primeiro, talvez não no roteiro, mas no todo. "Iron man 2" além de nos mostrar diferentes faces do viciante Stark nos introduz ao que, penso eu, ser uma nova forma nos filmes da Marvel, e os próximos filmes irão apenas nos confirmar e preparar para o que está por vir, o tão aguardado "Os Vingadores".

Quando você é criança, e ainda por cima menino, HQ's são, no mínimo, viciantes, e com a internet então, eu passava tardes baixando mangás e histórias da Marvel e DC, e mesmo que seja de uma forma meio desajeitada, ainda mais voltada para a renda do estúdio do que para diversão do público é ótimo ter a oportunidade de assistir nas telonas títulos como Batman, Iron man, Spider-man, Superman e afins... E mesmo aqueles que não gostam tanto, tenho certeza que sempre estão nos cinemas assistindo, porque estes filmes são blockbusters, bem feitos e bonitos, além das histórinhas de superação e companheirismo que agradam toda a família. Começo este post, antes de falar sobre o nosso título, "Iron man 2", expressando minha enorme expectativa para os próximos filmes da Marvel, "Thor" já está me deixando louco antes mesmo de ser filmado. Considerem isto mais um desabafo de um nerd do que como algo útil para vossas vidas, vamos chamar de "momentos que perdi lendo algo inútil". Já tive vários, foi a vez de vocês.


Vamos nos voltar ao que importa por agora, falar de "Homem de ferro 2", tenha você gostado ou não, não há como negar que todos nós que assistimos o filme precensiamos um espetáculo visual e musical.

O filme:

O mundo inteiro conhece a identidade do, até então, invencível Homem de Ferro: o bilionário Tony Stark (Robert Downey Jr.). Egocêntrico e confiante demais ele acredita estar "Privatizando a paz" através de seu alter ego de ferro.Por outro lado, o governo dos EUA acham que tem o direito de ter a armadura e tentam fazer com que Tony lhes forneça tal tecnologia, em vão. "O mundo está há anos de ter esta tecnologia, talvez 5 ou 10", diz Stark perante o congresso americano em Washington. Poucos dias depois em Monaco, Ivan Vanko, a mente maligna da trama (Mickey Rourke), aparece com um protótipo muito similar ao de Stark criando pânico e desconfiança. As pessoas começam a se perguntar se o Homem de ferro é realmente invencível e se podem confiar sua segurança a ele.

Em meio a este caos, a guerra entre as empresas de armamento de Tony Stark e a do também bilionário, Justim Hammer (Sam Rockwell) só aumenta. Hammer tenta de todas as formas vencer o concorrente, e vê em Ivan Vanko a forma perfeita de aperfeiçoar seus primitivos protótipos da armadura de ferro.

Como eu disse, a trama não é lá grande coisa, o primeiro filme foi bem melhor amarrado e tecnicamente muito bom, mas este segundo teve um algo a mais, um charme. Fomos apresentados a um lado humano de Stark cada vez mais em foco, e a forma como ele lida com a morte, com seus projetos e com o amor são muito bem trabalhados neste filme.

A fita tem um ritmo legal e recheado de diálogos rápidos, mas apesar disso falta um pouco de ação, um pouco de heroísmo e, me atrevo a dizer,  falta de tato dos produtores / diretor / roteirista.

 Apesar da infantilidade de algumas cenas e o tédio de alguns diálogos, acaba entretendo, que é, no fim das contas, o grande intuito do cinema, ou não?

*****


Vamos comentar um pouco as atuações...

Robert Downey Jr. foi, mais uma vez, a alma do filme. Tudo bem, ele é o astro principal, o Homem de Ferro, mas a atuação dele foi muito boa. Acima da média de muitos filmes de super-heróis por aí. E o estilão egocêntrico meio nem aí para os outros lhe caiu como uma luva, estranho, não? Ele conseguiu fazer de Tony Stark um personagem a se admirar e se gostar. Não consegui prestar atenção em mais ninguém quando ele estava em cena, impecável a atuação do rapaz.

Scarlet Johansson... Ahhh... a mulher mais linda do cinema atual, cantora, intelectual e uma ótima atriz. Infelizmente teve um papel pífio, que serviu apenas para apresentar a Viuva Negra ao público e dar um gostinho do que está por vir... mas tenho certeza que em futuros filmes ela terá muito mais espaço. Só a cena de luta que ela protagonizou no fim do filme já valeu parte do ingresso hein, quando ela arrebenta uns, seilá, 20 capangas da Hammer Industries. Mas apesar dos pesares foi muito bem e não há o que reclamar de sua atuação, não fosse quem fosse, seria apenas mais uma.

Gwyneth Paltrow mais uma vez protagonizou a irritante Pepper Potts. O seu nome já irrita, seu personagem é fraco e pouco importante para a trama, sendo útil apenas para trazer um certo romance a vida de Stark, mas fora isso, nada além de desnecessário. E o problema não é a pobre Gwyneth (claro que todos entenderão o sentido de pobre aqui, certo?), mas sim sua personagem, longe de eu estar dizendo que ela atuou mal, pelo contrário, fez o que pode com "aquilo" que lhe deram. Diálogos idiotas e cansativos perseguiam a moça, cenas desconfortáveis e nada úteis para o ritmo da trama, a aparição da moça era o momento perfeito para se ir ao banheiro ou pegar o refil daquela pipoca. Infelizmente, porque A Gwyneth Paltrow merece muito mais que isso, e já mostrou que tem muito mais a oferecer.

Mickey Rourke protagonizou Ivan Vanko, um russo bad boy que busca na destruição de Stark um jeito de consertar um passado negro para sua família e criar um novo mundo, através da física e tecnologia. Este sim é um personagem cheio de clichês: todas as tatuagens, o palito de dentes no canto da boca e o jeitão de mal de Ivan. Se só sua presença já seria um algo a mais a ótima atuação, ligada a outros fatores, fez o filme se estabelecer em um patamar que fica impossível dizer que foram apenas duas horas de entretenimento que logo esqueceremos.

E para finalizar sobre atuações, e com chave de ouro temos Samuel L. Jackson. Apareceu em poucas cenas, mas quando apareceu, apareceu mesmo. Personagem interessante na trama, que é o ponto de ligação de todas as histórias futuras da Marvel, lembrou os velhos tempos de Samuel L. Jackson, velhos tempos nem tão distantes. Eu não consigo pensar em um Nicky Fury melhor. Se a ótima Gwyneth teve o fardo de carregar a Srta. Pepper Potts e suas diálogos cansativos, temos o outro lado onde com carisma e bons textos Samuel nos presenteou com momentos únicos.

****

Poucos cenas de ação, mas muito boas. Uma trilha sonora espetacular e um Robert Downey Jr. no auge da forma são os principais ingredientes desta fita que chega trazendo uma nova proposta da Marvel, a fusão de suas histórias. Percebemos isso quando vemos o escudo da capitão américa no meio do filme, usado como um apoio de metal, ou na cena pós créditos, não deixem de conferir esta cena. E que venha "Os Vingadores".

Até mais.

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