segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Análise - Zumbilândia

"Minha mãe sempre disse que eu seria bom em alguma coisa. Eu nunca pensei que fosse ser em matar em zumbis."

Genial. Uma das mais agradáveis surpresas desse começo de ano.

Um domingo à noite, nada de mais para fazer, decepcionado após o maior time do mundo (São Paulo), literalmente, levar um coro do Santos (sem o Pelé, hein!), então resolvi ir ao cinema com uns amigos, o filme? Zumbilândia, aclamado pela crítica norte-americana, esquecido no Oscar, e um colírio aos olhos, e aos ouvidos.

Dirigido pelo novato Ruben Fleischer, com o roteiro assinado pela dupla Rhett Reese e Paul Wernick, o filme conta a história de Tallahassee, Columbus, Wichita e Little Rock tentando sobreviver em uma cidade infestada de zumbis. O filme é um misto de terror e comédia e ja é sucesso nos EUA.

Tallahasse é um grandalhão cheio de marra, que odeio os zumbis pelo que lhe tiraram e adora twinkies, realmente adora. Columbus, nosso protagonista e anti-herói, medroso, fracote, CDF, seguidor de suas próprias regras de sobrevivência contra zumbis, que aparentemente dão certo. Wichita e Little Rock, as irmãs da trama  que estão em busca de um parque de diversões, completam o quarteto.

A história já começa com uma das sequências mais fodas, com o perdão da palavra, e sangrentas que já vi (certo, talvez não "a" mais sangrenta, mas uma das...), e o melhor de tudo, ao som de metallica!!!!!, meninas-zumbis, executivos-zumbis e todo o tipo de zumbi que você pode imaginar, todos loucos para pegar um pedacinho de carne.

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"É difícil crescer na Zumbilândia - Columbus."
"É difícil crescer. - Wichita."

E é difícil não se apaixonar por estes personagens cativantes ao presenciarmos a primeira dança de Columbus com uma menina, ou o seu primeiro beijo? será que teve beijo? (sem spoilers) e o épico encontro entre Tallahasse e seu ídolo, Bill Murray, o morto-vivo vivo!

É como entrar no mar a noite, as vezes pode parecer muito gelado e no começo pode até ser, mas depois você não quer mais sair, e foi assim que me senti ontem a noite, não queria sair do cinema, quase nem acreditei quando acabou a fita, "Meu Deus", pensei, "Esse filme é foda".

E antes de pararmos de falar do filme, antes que eu diga algo que tire vosso ânimo para assisti-lo, preciso comentar a última parte do filme:

Os ingredientes: Centenas de zumbis; as duas moças presas em um parque de diversão, cercadas pelos mortos-vivos, e então, eis que chegam nossos heróis para salvar as moças indefesas. Quer mais clichê que isso? E por mais surpreso que você fique, as cenas são demais, chegam a lembrar a "Noite dos mortos-vivos" condensada com os filmes do "Rambo" e do mestre Chuck Norris. Demais! É tiro, pancadaria e morto-vivo jogado para todo lado.

Bom, o filme é isso aí, um misto de referências à outros filmes, tudo misturado e ligado de forma magestral, personages bons e bem representados, essa sim é uma nova forma de se ver filmes de zumbis, com certeza.

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E agora os atores e suas atuações.

Woody Harrelson, o Tellahasse, cumpriu de forma maginifica seu papel, nos passando a segurança de que tudo acabaria bem no fim, e protagonizando uma das cenas mais hilárias e tristes da minha sucinta vida, não vou contar, claro, mas posso dizer que no fim ele acaba limpando as lágrimas em doláres.

Jesse Eisenberg, Columbus, Uau!!, se você também viu "A lula e a baleia" (um ótimo filme, se não viu, veja.) deve ter se impressionado com a atuação do garoto, ele foi bem, eu diria que o papel de geek com fobia à flertes caiu bem à ele, de forma tênue ele conseguiu transpor-nos ao mundo de Zumbilândia com um texto narrativo bem escrito e as caras que ele faz são um show à parte. Vale o ingresso.

Abigail Breslin, a Little Rock, finalmente se redimindo de seu último filme: "My sister's keeper", o filme é legalzinho e tal, mas não é para ela, muito menos para a Cameron Diaz, acho que elas tem que fazer rir e não chorar, e esse filme fez as pessoas chorarem hein, minha amiga ainda não se recuperou do choque que foi esse filme. Mas voltando à ela no papel de Little Rock: conciso, latente e inesquecível, tudo bem que num elenco formado basicamente de 4 atores é difícil não aparecer, mas o papel dela talvez tenha sido o menos trabalhado, mas o carisma e talenta da menina se sobressairam e renderam à ela minha eterna admiração, se bem que ela já a tinha conseguido em "Little miss sunshine", mas como diz a segunda regra para se sobreviver na zumbilândia: 2 vezes, sempre.

E por último, mas certamente não menos importante, a nossa Femme Fatale do filme, Emma Stone, que já tinha mostrado seu talento em "Superbad", e mais uma vez faz um bom papel, protagonizando algumas ótimas cenas romanticas ao lado do Columbus, que tem a coragem de um coelhinho assustado, segundo a própria, e algumas outras cenas de ação que certamente levaram os mais aficionados em Zumbis ao delírio.

Oscar?

Infelizmente o filme não teve nenhuma indicação ao Oscar, realmente ele não tem os moldes para ganhar um, mas isso não é um demérito, realmente acredito que hoje em dia, fazer um filme como esse e não ser indicado ao Oscar é um mérito, mas não entremos em questões políticas, pelo menos não por agora.

Fica aí a dica para este belo filme, que esta em cartaz desde o último dia 29, pode ter certeza que não vai se arrepender, e se você não gostava de zumbis, vai passar a gostar, e se já gostava vai amar ainda mais este filme que já está na minha lista de clássicos trash, ou seria cult? Que seja.

Por agora é isso. Até mais!

4 Comments:

  1. Unknown said...
    achei seu blog fuçando no orkut do Evandro...rs... parabéns , escreve muito bem sobre o melhor tema do mundo que é cinema! :)
    passarei para os meus amigos cinefilos e cineastas.
    bjo
    Unknown said...
    sou eu sim, a pobre camponesa formada em cinema que faz curtas metragens de graça por amor a arte! rs

    mas adorei mesmo teu blog e não costumo gostar de gente falando sobre cinema pq eu sempre acho tudo errado...rs... mas do seu eu gostei,
    Unknown said...
    sou eu sim, a pobre camponesa formada em cinema que faz curtas metragens de graça por amor a arte! rs

    mas adorei mesmo teu blog e não costumo gostar de gente falando sobre cinema pq eu sempre acho tudo errado...rs... mas do seu eu gostei,
    Anônimo said...
    Genial mesmo!
    Eu sou inimiga declarada de comédias. Mas também sou ã confessa dos filmes de zumbis.

    Zombieland foi uma surpresa. Resolvi assistir sem reclamar pra agradar o namorado, que ri de qualquer bobagem... E no fim eu me diverti à beça!

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