quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Após um carnaval quente, cá estou eu, com a cara toda queimada e descascando todo! Como não tive o prazer de ir ao cinema nos últimos dias, aqui vai uma análise de um dos melhores filmes de 2007, e minha dica para curtirem o restante deste carnaval.
"Seus personagens passam longe dos clichês maniqueístas americanos"
- André Miranda, O Globo.
"Merece mais do que quatro indicações ao Oscar: Merece ser visto"
- Isabela Boscov, Revista Veja.
E é esse filme que teve mais de 750.000 espectadores nos cinemas: Juno. A história de uma menina diferente da maioria. A história de um casal nem tão diferente da maioria. E uma história nada diferente do nosso dia-a-dia.
Quando descobre da gravidez, Juno, ao lado de sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby) decide que não é o momento certo para um filho. Ela decide não abortar e encontrar o casal perfeito para criar seu bebê. O filme vai passando e nos sentimos conectados com a jovem garota, partilhando das mesmas dúvidas e receios que a "maturidade" indesejada lhe traz, e como ela lida com os fatos que vão aparecendo é o legal da fita. Além, claro, do romance mais do que "cute" entre ela e Bleeker, que traz ao filme um certo charme geek.
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Um filme doce e desprentecioso dos pés à cabeça. Um roteiro muito bem feito pela estreante Diablo Cody e magnificamente dirigido por Jason Reitman (diretor de "Amor sem Escalas"). Roteiro esse, diga-se de passagem, vencedor do Oscar daquele ano. Parabéns Diablo Cody, nada mais do que você merece.
Diálogos rápidos e cenas boas dão um bom ritmo ao filme, que não chega, em momento algum, a ficar cansativo. Ele simplesmente não lhe dá momentos para pensar na dor nas costas: as coisas acontecem muito rápido e você nem percebe o quão dentro do filme está até ele acabar.
Mais uma bela atuação da Ellen Page, que se mostra um talento de verdade, e ao lado do carismático Michael Cera, protagonizou um belo de um filme. Sucintas e precisas aparições da sempre ótima Jennifer Garner, que nem sempre escolhe os melhores papéis para si, mas dessa vez acertou em cheio.
Uma comédia para se assistir e assistir de novo como se fosse a primeira vez. Ela levemente nos mostra como é difícil crescer e lidar com os problemas que a maturidade nos traz, e ela nos traz muitos.
Este é um filme obrigatório se você gosta de cinema, ou se quer apenas passar o tempo.
Valeu, até mais.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Análise - Percy Jackson e os Olimpianos: O ladrão de raios
2 comentários Postado por Atila Ferreira às 20:24E mais um filme baseado num best-seller infanto-juvenil chegou aos cinemas nesta sexta-feira. "Percy Jackson e os Olimpianos: O ladrão de raios". Uma aposta certeira para bilheteria e uma boa forma de se passar o fim de semana.
Antes de dar minha opinião sobre o filme, falemos da história.
Percy Jackson (Logan Lerman) é um garoto disléxico e com déficit de atenção, não consegue prestar atenção às aulas, não é o mais popular dos garotos e é amigo de um bode, quer dizer, meio-bode, mas isto ele ainda está para descobrir.
Durante uma visita ao museu uma de suas professoras, a doce Srta. Dodds o ataca, ela é uma Fúria, e está furiosa, ela quer que o garoto devolva o raio mestre de Zeus, sua arma suprema, mas o que diabos é este raio? Percy não faz idéia. E é aí que o garoto começa a descobrir o que acontece ao seu redor, o que era um déficit de atenção se torna a plausível explicação de que o cérebro do garoto não funciona direito com inglês, porque está ajustado para o grego antigo. Sério?
Logo na sequência seguinte a mãe de Percy morre, na verdade é sequestrada, como descobriremos, e o garoto com a ajuda de Grover (Seu protetor, um sátiro, ou menino bode, se preferir) chega ao acampamento meio-sangue, um acampamento para filhos de Deuses.
Percy descobre que é filho de Poseidon, o deus dos mares, e lá começa seu treinamento para se tornar um herói. E começa a temer por sua vida. Zeus desconfia de que foi ele quem roubou seu raio mestre, e dá um prazo ao garoto: Se até o solstício de verão o raio não for devolvido haverá guerra. O plano? Convencer Zeus da inocência de Percy e torcer para ele acreditar. Sútil, não?
Mas uma inesperada visita de seu tio, Hades, o faz deixar o acampamento ao lado de Annabeth (Alexandra Daddario) e Grover (Brandon T. Jackson), rumo ao mundo inferior para salvar sua mãe das garras do Deus do submundo.
E é aí que a aventura começa, diversos personagens da mitologia grega despencando do céu, surgindo dos mais estranhos lugares, e no meio disso, Percy, Annabeth e Grover marchando rumo à morada dos mortos.
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Minha opinião!
Saí decepcionado do cinema, apesar de ter achado o filme agradável. Digamos que esta foi a maior decepção cinematográfica da qual não me arrependo de ter visto.
Rick Riordan escreveu uma obra boa e coerente, extremamente coesa e bem feita. E a pressa para colocá-la nos cinemas a estragou.
Muitos bons atores em cenas extremamente irrelevantes. Um desperdício. Um roteiro mau feito. Tenho minhas dúvidas se Chris Columbus (Diretor e roteirista) e Craig Titley (Roteirista) sequer se deram ao trabalho de ler o livro.
Um dos momentos mais legais do livro é quando Percy descobre que é filho de Poseidon, jogado na água, após sair vitorioso de seu primeiro grande combate, a marca do pai pousada pomposamente sobre sua cabeça, a surpresa de todos, a surpresa do garoto e um novo horizonte se abrindo na história, uma descoberta que foi diversas vezes sugerida com pistas sutis. Esta sim, era uma cena que eu esperava ver. E a tão esperada cena inexistiu. Tal informação nos é atirada como um pedaço de carne à um cachorro faminto, que não liga aonde e como o é feito.
E será que nenhuma das pessoas que participou do filme sabia das profecias? Aparentemente não, e se sabiam não acharam que elas fossem um fator importante ao filme. Pobre Oráculo. E pobre Rick Riordan, deve estar em depressão agora.
E sobre os Deuses. Mansos como gatinhos assustados. A fúria de Zeus, aonde estava? E desde quando Poseidon é um amável papai que ama o filhinho e quase chora quando o vê? E a Athena? Só faltou beijar a Annabeth quando a viu. Meus Deuses!
Ah, e alguém consegue me explicar como é possível que Ares nem tenha seu nome citado na trama? Um dos principais vilões do filme. E sua filha, Clarisse, um tormento para Percy desde seu primeiro dia no acampamento? Esquecida como o pai.
Falando em Deuses que nem foram citados e tormentos a Percy, uma simples pergunta, Dionisio estava dormindo o tempo todo do filme? Ou fui eu que dormi quando ele apareceu?
E assim, Chris, você sabe quem é Cronos?
O filme começou bem, com uma boa conversa entre Zeus (Sean Bean) e Poseidon (Kevin McKidd), mas ai começaram cenas e mais cenas de material, às vezes, irrelevante a história, atravessadas em um roteiro pouco trabalhado, com um elenco cheio de estrelas que nada puderam fazer para salvar o filme da mediocridade. Uma Thurman no papel de medusa, Catherine Keener como a sofredora mãe de Percy, mas acho que ela estava sofrendo mais por ter aceitado o trabalho, viu? E o ótimo Steve Coogan (Hades) protagonizando uma, UMA, apenas uma, notável cena ao lado Rosario Dawnson, a Persépolis do filme. E como não citar o pálido Pierce Brosnan se aventurando de Quíron? Pelo menos este último teve uma ou duas falas relevantes.
Eu sei que é difícil adaptar um livro para o cinema. Ainda mais um livro tão bom e trabalhado como o Ladrão de raios, mas o bom senso às vezes seria bom as grandes produtoras que só querem ganhar dinheiro em cima de fãs como eu e você.
Você pode gostar do filme, eu gostei, mas achei uma grande falta de respeito com todos os fãs da série literária, que esperaram tanto e receberam tão pouco. Efeitos especiais legais, bem feitos e chamativos em algumas ocasiões, como um Hades gigante surgindo em meio às chamas de uma fogueira. O visual do filme é bonito. Boa fotografia, um bom filme. Para aqueles que nem conhecem os livros um prato cheio. Mas outros, como eu, vão pensar que isso não foi nada além da obrigação.
Enfim, antes que eu acabe deletando todo o post, e desista de pensar no filme novamente, vamos citar alguns bons pontos dele: Apesar de tudo, o filme é agradável. Você nem percebe o tempo passando enquanto o vê, apesar de muitas cenas se atropelando, há cenas legais de se assistir, e o Grover, vivido por Brandon T. Jackson, salvou a fita em alguns momentos monótonos com piadinhas e caras, mostrando um belo lado cômico do rapaz.
Chris Columbus estragou os dois primeiros "Harry Potter", na minha opinião, e não fez menos com Percy Jackson. Talvez não por vontade própria, talvez por pressão de figurões, o caso é que, começo a perceber um padrão nos filmes desse cara, e apesar sua ótima direção da franquia "Esqueceram de mim", o 1 e o 2, preciso te dizer Chris, estou de olho em você. E espero que a continuação do filme seja melhor produzida, e o próximo roteirista, tomara que tenha outro, leia os livros.
É isso. Até mais.
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Heath Ledger: 1979 - 2008
O último filme de Heath Andrew Ledger. A mais bela loucura de Terry Gilliam. Muito mais que um simples filme.
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Acabei de assistir este filme. E não consigo parar de pensar em como Ledger fará falta ao cinema. E como ele foi brilhante neste seu último ato, claro, em parceria com o Terry Gilliam, diretor de "12 macacos" e "Os irmãos Grimm".
Não é uma história que agrade gregos e troianos, mas é algo que os que apreciarem guardarão para sempre na memória, e aqueles que desgostarem do filme, bom, que a força esteja com vocês.Terry é diferente, ele pensa diferente. Ele é como você e eu, mas pensa como ele e ela. Sua mente é assim, ele cria devaneios como nós criamos desgosto e ele, pela primeira vez, posso dizer com certeza, me fez gostar de um filme de sua autoria.
O Filme:
Um pacto com o Diabo. Um espelho que nos leva aos nossos mais escondidos sonhos e desejos. E a atuação mais sincera em que vi Ledger, talvez tão boa quanto seu Coringa.
Dr. Parnassus (Christopher Plummer) era imortal. Era. Ele e seus companheiros, um anão, sua filha e um ex-garoto de rua, vivem de apresentações, um show itinerante, que transporta as pessoas à viagem mais insólita de suas vidas. Ao passarem por um espelho as pessoas são jogadas em suas próprias mentes, e com o auxilio do Dr. farão uma escolha que mudará o modo como vêem e vivem as vidas, isso se fizerem a escolha certa.
E em uma estrada, no caminho para sabe-se lá onde, eles encontram Tony (Heath Ledger, Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel). Enforcado, vivo, sem memória e com uma lábia extraordinária. Este é Tony. Que é vivido por Ledger, mas que quando no mundo imaginário de Parnassus é vívido também pelos 3 outros atores. Ledger morreu 6 semanas antes do fim das filmagens do filme. Para cobrir as lacunas e não perder o filme eles encaixaram outros atores para terminar o papel. E posso dizer uma coisa, se isso tivesse sido pensado e produzido desde o início não ficaria tão bom. E ficou bom demais. As cenas com os outros atores não são nem um pouco estranhas, aliás, combinam com o mundo alternativo do filme, onde você pode ser quem você quiser.
Logo Tony é incorporado a trupe, para desespero de Anton (Andrew Garfield, O menino sem teto, cujo Parnassus "adotou") que vê sua amada Valentina (Lily Cole, Filha de Parnassus) caindo de amores pelo jovem sedutor que esconde segredos que mudarão os rumos da história. Aliás, há algo mais sedutor que um barbudinho sem memória? Eu diria que sim, mas vai dizer isso para a Valentina.
Este filme é legal. É, na minha opinião, o melhor de Terry Gilliam. Inquestionavelmente foi muito bom poder presenciar o Heath Ledger atuando, é perceptível como ele cresceu depois do coringa, infelizmente nunca poderemos medir o quanto.
O filme é uma viagem mesmo, alternando diálogos suaves com marretadas psicológicas, romance e amor paternal, e até mesmo criticas à nossa sociedade contemporânea. Vale a pena conferir, tanto pelo filme como por Ledger, que infelizmente foi o que tornou o filme grande, da maneira mais triste possível, com sua morte.
Por hoje é esse filme. Até mais.
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Como já comentei por aqui, amanhã, dia 11, a nova parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio será lançada no Festival de Berlim, apesar de não competir no festival.
E no ritmo pré-estréia vou comentar sobre o filme, que na minha humilde opinião, foi o ápice da parceria entre eles: "The departed", ou como o título do post desvenda, "Os Infiltrados".
Antes de falar da trama do filme em si, vamos apresentar os 3 personagens principais da fita.
Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) é só mais um policial, até ser incubido da missão de se infiltrar em uma organização mafiosa, chefiada por Frank Costello (Jack Nicholson), e ganhar confiança deles para conseguir o máximo de provas possíveis para prendê-los. Instável, cabeça quente, paranóico e um tanto quanto desajeitado, além de um sedutor descontrolado, mas isso é praticamente um pré-requisito nos papéis do jovem ator. Mais uma atuação boa deste ator, que é algumas vezes criticado, com razão às vezes, mas que tem um bom potencial de crescimento, só precisa escolher melhor os papéis que faz, mas nisso nosso amigo Scorsese já está dando um jeito, né? Porque, cá entre nós, fazer "A Ilha" é quase um suícidio profissional.
Frank Costello é o líder de uma organização criminosa, tudo o que é contrário a lei eles fazem. Ele é um cara durão e inteligente, consegue como ninguém analisar uma pessoa, até conhecer Billy Costigan, um garoto, que como o próprio disse, "cheirava a problemas". Com uma atuação (mais uma) genial foi o ponto alto do filme, transpondo barreiras que certamente outra pessoa não conseguiria, fazendo do gangstêr Frank Costello alguém tão carismático e cruel que era difícil não sentir um frio na barriga a cada discurso deste personagem.
Ao mesmo tempo que Billy conquista a confiança da máfia e de Frank, Collin Sullivan (Matt Damon) está infiltrado na policial, passando cada detalhe do que acontece por lá à máfia. Frank é como um pai para ele, e ele é como um filho para Frank. Até que as relações começam a ficar estremecidas e nós começam a desatar. A máfia sabe que há alguém infiltrado entre eles, a policia sabe que alguém está passando informações a máfia, e no meio do fogo cruzado temos os dois "ratos": Billy Costigan e Collin Sullivan, e este último teve uma atuação louvável, digna da trilogia "Bourne", o que não é pouco. Collin é um rapaz estremamente inteligente, subiu na policial com seus próprios méritos, mas por um motivo, ajudar Frank e a máfia. Mas a vida de policial respeitado e o amor começam a fazê-lo repensar toda sua vida e os motivos pelos quais faz as coisas que faz.
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Falando do filme...
Cada cena esbanja talento. Seja talento dos atores, do diretor ou de quem quer que seja, a questão é: o filme é muito bom.
Rápido e dinâmico, diria que às vezes frenético. Tudo acontece muito rápido. E nada acontece por acaso.
Um policial infiltrado na máfia, um mafioso infiltrado na policia e o chefão da máfia fazendo todos de bobo. É delicioso assistir este filme, saboroso imaginar aonde tudo aquilo está nos levando, quem vai ganhar? O bem ou o mal? Se é que há, neste filme, diferenciação entre bem e mal. Diálogos rápidos e objetivos, tentando poupar meias palavras, trazendo o filme mais e mais para o final sádico.
Sem meias palavras, assita se não assistiu, e reveja se já o fez.
Em 2007 não teve para ninguém...
Teatro Kodak, Hollywood.
25 de fevereiro de 2005. Tudo indicava que Scorsese e seu filme mais recente poderiam brilhar naquela noite, e eles brilharam.
5 indicações ao Oscar daquele ano. Não foi o filme com mais indicações, no caso "Dreamgirls" com 8. Mas foi o filme campeão da noite.
Havia um ingrediente à mais na noite daquela premiação, a 79th Academy Awards. A disputa ferrenha entre "Cartas de Ywo Jima" e "Os Infiltrados". Ambos os filmes ótimos, ambos os diretores ótimos e apenas uma estatueta. Que filme iria ganhar e quem seria o melhor diretor daquele ano era uma incógnita. E foi até o fim daquela noite.
Indicações de "Os Infiltrados":
Melhor Filme
Melhor Direção
Melhor ator coadjuvante (Mark Wahlberg)
Melhor roteiro adaptado (William Manahan)
Melhor edição
E a noite acabou com 4 estatuetas para o filme, com exceção de melhor ator coadjuvante, ele levou todas as categorias que participou.
Apesar da "batalha" travada nos bastidores entre Scorsese e Clint Estwood, a estatueta de melhor diretor acabou, com méritos, nas mãos de "Os Infiltrados". Apesar de "Cartas de Ywo Jima" ser um belo filme, muito bem dirigido.
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Berlim.
11 de fevereiro de 2010.
E amanhã tem ínicio o festival que hospeda a debut de "Shutter Island", o resultado da nova parceria entre Scorsese e DiCaprio.
"Já havíamos explorado alguns limites juntos, em 'Gangues de Nova York' e 'O aviador', mas em 'Os Infiltrados' nos demos conta de que podíamos ir mais longe. Depois disso sabíamos que queriamos voltar a trabalhar juntos e ultrapassar os limites" - Martin Scorsese se referindo à ele e DiCaprio.
E é com a premissa acima e uma enorme expectativa que o filme "Shutter Island" tem seu lugar no Festival de Berlim. Será que a dupla ultrapassou os limites? Em breve saberemos.
Por agora é isso. Até mais.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
É na próxima quinta-feira, dia 11.
Um dos festivais de cinema mais importantes da atualidade começa quinta agora. Entre as atrações está o novo longa de Martin Scorsese, em parceria, mais uma vez, com Leonardo DiCaprio, "Shutter Island", o longa conta a história de criminosos isolados em uma ilha onde funciona um hospital psiquiátrico; o filme terá seu lançamento no festival.
Outro filme que será lançado no festival é "The ghost writer", novo filme de Roman Polanski. O diretor se encontra em prisão domiciliar na suiça, ele é acusado de ter tido relações sexuais com uma menina de 13 anos, em 1977. E talvez, até por isso a expectativa pelo filme seja maior do que seria, caso ele não estivesse em tal situação.
Bom dia!
Guy Ritchie, Robert Downey Jr. e Jude Law. No minímo improvável, e foi esse trio que fui conferir ontem à noite.
Sobre o filme:
A fita começa nos mostrando uma cena de ação protagonizada pelos dois mocinhos, que conseguem logo no início do filme resolver mais um caso de forma perfeita, levando mais um bandido, desta vez o Lorde Blackwood, à prisão. Até aí tudo normal, mas o filme fica estranho quando após ser enforcado o tal Lorde "volta" do mundo dos mortos e começa a tocar o terror em uma Inglaterra em pânico. Aí que entram nossos heróis para salvarem e restaurarem a paz, desmascarando de uma vez por todas Blackwood.
Bom, a história não é nada de novo, mas é bem escrita e tem um bom desenvolvimento. Mas o que realmente chama a atenção no filme é como o Guy Ritchie trabalhou os dois personagens principais. Um Sherlock fã de luta livre, que passa os dias fazendo experimentos e testando-os em seu cachorro e que pouco se relaciona com outras pessoas, além de, como sempre, ser um gênio irônico e sedutor, além da ótima forma como ele mostrou um lado cômico do personagem. Já o Watson, discreto e um verdadeiro partido, bom moço, um médico, inteligente, e diligentemente fiel à Holmes.
Bato palmas as atuações, não esperava menos de dois grandes atores como o Robert e o Jude, fizeram bem os papéis aos quais foram incubidos, e em uma possível sequência são aposta garantida. E só para registrar, parabéns à doce e delicada Rachel McAdams que vem crescendo bastante em suas atuações desde o notável "The notebook", desta vez ela fez o papel de Irene Adler, ladra e "par" romântico de Holmes, se é que podemos assim chamar, o mais adequado seria dizer "objeto de desejo" dele?
É uma experiência definitivamente prazerosa ver como a mente do nosso detetive funciona de forma, no minímo, excêntrica, e como no fim ele faz as coisas se encaixarem, fazendo-nos perceber que o quebra-cabeças é mais simples do que imaginávamos, e como o mesmo disse sobre um de seus experimentos, "Consigo achar ordem no caos".
Outro ponto a se comentar positivamente são os ambientes, apesar de escuros, bem coloridos quando permissível, e extremamente cinzas quando se pede, e o modo como as cores foram minunciosamente trabalhadas neste filme me faz gostar ainda mais dele e admirá-lo.
And the Oscar goes to...
E agora vamos falar da única indicação do filme ao Oscar: Melhor trilha sonora.
Ao que tudo indica a estatueta deve ficar com a animação "Up - Altas aventuras", merecidamente diga-se de passagem. E o máximo que pode acontecer é este prêmio ficar com "Avatar" . Mas de qualquer forma "Sherlock Holmes" concorre nesta categoria, e é uma vitória ao filme, que foi bem produzido, certeiramente dirigido e certamente divertirá platéias e mais platéias ao redor do mundo, é mais um filme que não será mais esquecido no enorme mundo da sétima arte.
Quer saber mais sobre Sherlock Holmes? Clique aqui.
Até mais.
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Genial. Uma das mais agradáveis surpresas desse começo de ano.
Um domingo à noite, nada de mais para fazer, decepcionado após o maior time do mundo (São Paulo), literalmente, levar um coro do Santos (sem o Pelé, hein!), então resolvi ir ao cinema com uns amigos, o filme? Zumbilândia, aclamado pela crítica norte-americana, esquecido no Oscar, e um colírio aos olhos, e aos ouvidos.
Dirigido pelo novato Ruben Fleischer, com o roteiro assinado pela dupla Rhett Reese e Paul Wernick, o filme conta a história de Tallahassee, Columbus, Wichita e Little Rock tentando sobreviver em uma cidade infestada de zumbis. O filme é um misto de terror e comédia e ja é sucesso nos EUA.
Tallahasse é um grandalhão cheio de marra, que odeio os zumbis pelo que lhe tiraram e adora twinkies, realmente adora. Columbus, nosso protagonista e anti-herói, medroso, fracote, CDF, seguidor de suas próprias regras de sobrevivência contra zumbis, que aparentemente dão certo. Wichita e Little Rock, as irmãs da trama que estão em busca de um parque de diversões, completam o quarteto.
A história já começa com uma das sequências mais fodas, com o perdão da palavra, e sangrentas que já vi (certo, talvez não "a" mais sangrenta, mas uma das...), e o melhor de tudo, ao som de metallica!!!!!, meninas-zumbis, executivos-zumbis e todo o tipo de zumbi que você pode imaginar, todos loucos para pegar um pedacinho de carne.
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"É difícil crescer na Zumbilândia - Columbus."
"É difícil crescer. - Wichita."
E é difícil não se apaixonar por estes personagens cativantes ao presenciarmos a primeira dança de Columbus com uma menina, ou o seu primeiro beijo? será que teve beijo? (sem spoilers) e o épico encontro entre Tallahasse e seu ídolo, Bill Murray, o morto-vivo vivo!
É como entrar no mar a noite, as vezes pode parecer muito gelado e no começo pode até ser, mas depois você não quer mais sair, e foi assim que me senti ontem a noite, não queria sair do cinema, quase nem acreditei quando acabou a fita, "Meu Deus", pensei, "Esse filme é foda".
E antes de pararmos de falar do filme, antes que eu diga algo que tire vosso ânimo para assisti-lo, preciso comentar a última parte do filme:
Os ingredientes: Centenas de zumbis; as duas moças presas em um parque de diversão, cercadas pelos mortos-vivos, e então, eis que chegam nossos heróis para salvar as moças indefesas. Quer mais clichê que isso? E por mais surpreso que você fique, as cenas são demais, chegam a lembrar a "Noite dos mortos-vivos" condensada com os filmes do "Rambo" e do mestre Chuck Norris. Demais! É tiro, pancadaria e morto-vivo jogado para todo lado.
Bom, o filme é isso aí, um misto de referências à outros filmes, tudo misturado e ligado de forma magestral, personages bons e bem representados, essa sim é uma nova forma de se ver filmes de zumbis, com certeza.
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E agora os atores e suas atuações.
Woody Harrelson, o Tellahasse, cumpriu de forma maginifica seu papel, nos passando a segurança de que tudo acabaria bem no fim, e protagonizando uma das cenas mais hilárias e tristes da minha sucinta vida, não vou contar, claro, mas posso dizer que no fim ele acaba limpando as lágrimas em doláres.
Jesse Eisenberg, Columbus, Uau!!, se você também viu "A lula e a baleia" (um ótimo filme, se não viu, veja.) deve ter se impressionado com a atuação do garoto, ele foi bem, eu diria que o papel de geek com fobia à flertes caiu bem à ele, de forma tênue ele conseguiu transpor-nos ao mundo de Zumbilândia com um texto narrativo bem escrito e as caras que ele faz são um show à parte. Vale o ingresso.
Abigail Breslin, a Little Rock, finalmente se redimindo de seu último filme: "My sister's keeper", o filme é legalzinho e tal, mas não é para ela, muito menos para a Cameron Diaz, acho que elas tem que fazer rir e não chorar, e esse filme fez as pessoas chorarem hein, minha amiga ainda não se recuperou do choque que foi esse filme. Mas voltando à ela no papel de Little Rock: conciso, latente e inesquecível, tudo bem que num elenco formado basicamente de 4 atores é difícil não aparecer, mas o papel dela talvez tenha sido o menos trabalhado, mas o carisma e talenta da menina se sobressairam e renderam à ela minha eterna admiração, se bem que ela já a tinha conseguido em "Little miss sunshine", mas como diz a segunda regra para se sobreviver na zumbilândia: 2 vezes, sempre.
E por último, mas certamente não menos importante, a nossa Femme Fatale do filme, Emma Stone, que já tinha mostrado seu talento em "Superbad", e mais uma vez faz um bom papel, protagonizando algumas ótimas cenas romanticas ao lado do Columbus, que tem a coragem de um coelhinho assustado, segundo a própria, e algumas outras cenas de ação que certamente levaram os mais aficionados em Zumbis ao delírio.
Oscar?
Infelizmente o filme não teve nenhuma indicação ao Oscar, realmente ele não tem os moldes para ganhar um, mas isso não é um demérito, realmente acredito que hoje em dia, fazer um filme como esse e não ser indicado ao Oscar é um mérito, mas não entremos em questões políticas, pelo menos não por agora.
Fica aí a dica para este belo filme, que esta em cartaz desde o último dia 29, pode ter certeza que não vai se arrepender, e se você não gostava de zumbis, vai passar a gostar, e se já gostava vai amar ainda mais este filme que já está na minha lista de clássicos trash, ou seria cult? Que seja.
Por agora é isso. Até mais!
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domingo, 7 de fevereiro de 2010
Por que comentar sobre um filme que só estréia no Brasil daqui há mais de um mês?
Ora, a pergunta certa seria: Por que ele só estréia no Brasil daqui há um mês?
Aliás, outra pergunta boa é da onde diabos veio o nome "Um Sonho possível"? O original é "The Blindside", bom... cada louco com sua mania.
Vamos falar do filme.
Este filme conta com a veterana Sandra Bullock no papel principal, papel que rendeu a ela o globo de ouro deste ano, na categoria melhor atriz de drama. Isso a torna uma das principais candidatas ao Oscar? Não sei, acho que sim. Infelizmente o filme só saí no Brasil em 19 de março. Ao contrário de todas as estratégias de marketing, o filme que tem 2 indicações ao Oscar será lançado somente pós a premiação, se recusando à estrear o filme aqui no Brasil antes da premiação.
Bom, isso pode ser ruim, ou pode ser bom para a fita. Se o filme ganhar tudo que pode, que não é muito, será ovacionado e haverá filas enormes nas sessões de cinema, mas e se for mal? Terá uma boa bilheteria mas não será o estouro que poderia ser caso fosse lançado antes do Oscar, mas certamente vai faturar algum, afinal estamos falando da Sandra Bullock, que é bonita, carismática e tem uma legião de admiradores, que assistem seus filmes sem o menor medo, ao contrário de mim.
Enfim, ela não é uma grande atriz, ela é uma "boa" atriz. Eu chego a questionar o nome dela entre as indicadas ao Oscar, mas como não vi o filme ainda, ficarei quieto sobre o potencial da "menina", ela pode ter arrasado no filme, não pode?
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Enquanto o filme não chega por aqui ficamos na torcida para que dessa vez, a queridinha de Hollywood, tenha feito um bom trabalho, e que, caso ganhe o Oscar, o tenha feito por merecer (por incrível que parece precisamos torcer por isso agora nas premiações do Oscar), e não ganhe por seu filme ter sido um sucesso nas bilheterias americanas.
Indicações de "Um Sonho possível" para o Oscar:
- Melhor filme
- Melhor Atriz - Sandra Bullock
Bom, o filme não ganha a premiação principal (Melhor filme), eu nem preciso assistir para dizer isso. Quanto à melhor atriz, há indícios, mas nunca se sabe, competir com a Meryl Streep é difícil para qualquer uma.
É isso aí, até mais.
E na última sexta-feira estreou o meu candidato ao Framboesa de ouro 2011: "High School Musical" - a versão brasileira. Tiramos o basquete da versão original e colocamos o futebol e pronto, o candidato perfeito para o Framboesa de Ouro do próximo ano, que premiará os piores filmes deste ano.
Se bem que, a julgar pelos indicados deste ano, o prêmio transformou-se em uma piada sem graça. Mais que isso, uma forma de criticar bons filmes, cujos criadores do prêmio possam não ter gostado.
Certamente farei um post mais tarde para comentar o Framboesa de ouro deste ano, mas só para vocês terem idéia: Como é possível "Crepúsculo" e "Lua nova" não entrarem nesta lista (seria a tríade perfeita, juntando-se com "Transformers 2", que conseguiu estragar a já nem tão boa franquia), e um filme como "G.I. Joe" entrar? Certo, o filme não é o filme do século, do ano, nem sequer da semana, mas é um filme razoável, enfim, não acredito mais nesta premiação depois do que aconteceu este ano.
A única coisa que eles podem fazer para se redimir, será no próximo incluírem esta versão bisonha da já bisonha franquia "High School Musical" e de quebra indicarem o novo "Crepúsculo", cujo nome nem passa pela minha cabeça.
Agora, falando do filme:
Aliás, o que falar disso? Eu assisti o primeiro, certo, tenho vergonha, mas admito que na época até não desgostei, simplesmente esqueci o filme. Sinceramente, nem vale a pena comentar a sinopse do filme, é a mesma de sempre, ok?
Ahhh, e para dar ao filme aquele ar de Xuxa, temos a popstar??? Wanessa Camargo, fazendo sabe-se lá o que no filme. Bom, se você gosta da franquia, ama o Troy e a menininha lá, tudo bem, gosto não se discute.
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Boa sorte aos que assistirem, e por favor, me contem o que acharam, vou me divertir com o arrependimento de vocês.
PS: O pior de tudo é que vi comentários de que esse seria só o primeiro.
Até a próxima.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
O filme mais esperado deste começo de ano, ou não, está chegando.
Quem precisa de "Avatar" quando temos Percy Jackson? O primeiro filme da franquia baseada nos livros do gênio Rick Riordan estréia semana que vem, dia 12 de fevereiro.
Percy Jackson e os Olimpianos - O ladrão de raios foi dirigido pelo Chris Columbus (que dirigiu os 2 primeiros filmes da franquia de "Harry Potter") e o filme traz a primeira parte da história e nos introduz e apresenta os personagens desta aventura olimpiana. Um menino estranho, que vaga de escola à escola, sendo expulso de todas, nunca começando um ano letivo na mesma escola que terminou o passado, este é Percy. Ele é disléxico, um perdedor e filho de um Deus.
Já sinto água na boca só de pensar em ver nas telonas tudo que li e reli, sim, li diversas vezes os livros. A expectativa, pelo menos a minha, é enorme para este filme que tem pré-estréia em são paulo na próxima segunda, bom, na pré-estréia ou na estréia, ou depois, o importante é assistir.
Ficamos na expectativo do filme, e assim que sair espere pela análise aqui no Cinema Anormal.
Lembrando que o quarto livro: A Batalha do Labirinto tem previsão de lançamento no mesmo dia do filme, ou seja, dia 12 agora o Olimpo vai dominar tudo.
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Ahhhh....
Outra coisa. Sabe o tal do Logan Lerman (o ator que interpra o Percy Jackson)? Acabei de ficar sabendo que ele é um dos cotados para o papel de Peter Parker na novíssima franquia do Homem-aranha, que será refilmada desde o inicio sem o Tobey Maguire e o Sam Reimi, e com o Logan Lerman, será? Ãhn?
Por agora é isso, Até mais.
Divulgados novos cartazes de Alice no país das maravilhas
5 comentários Postado por Atila Ferreira às 18:10Johnny Depp dirige documentário sobre Keith Richards
5 comentários Postado por Atila Ferreira às 18:10Bastardos Inglórios! O que falar sobre tal filme? Boas atuações, boa direção e bom roteiro. Mas certamente o filme tem um algo a mais que nos deixa excitados e até certo ponto acanhados.
Eu me lembro bem de sair do cinema, passava da meia noite, com aquela sensação de que algo havia mudado, nada aparente, mas aquele filme marcou um antes e depois, e ainda não sei o que, mas algo definitivamente não está igual. E se você assistiu "Bastardos Inglórios" deve ter sentido a mesma sensação.
Faz um certo tempo que assisti este filme, mas a pedidos de uma amiga aqui está uma pequena análise sobre este marco do cinema e de vossas vidas: este post é dedicado ao filme que salvou a todos nós da mesmisse, nem que o tenha feito por algumas horas.
O Filme (Sem spoilers, certo?):
II Guerra mundial. Os nazistas estão massacrando judeus, milhares e milhares. Mas os rumos da Guerra começam a mudar e numa França ocupada pelos nazistas um grupo de soldados judeus, conhecidos como Os Bastardos, são mandados até lá com um único motivo: Matar nazistas, quanto mais melhor, quanto mais eles sofrerem melhor. E é isso que eles fazem. O filme chega, às vezes, a ser nauseante para os mais fracos, mas em nenhum momento deixa de ser belo.
Personagens extremamente reais, com os quais conseguimos nos identificar: a menina assustada e sem pais, que busca no amor por algo a força para continuar, e claro, escrita da forma menos clichê possível. Soldados durões do interior que veêm a guerra da forma mais ingênua e brutal possível. Enfim... as características destes personagens e como eles se interagem seria assunto para um post inteiro.
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Logo na seqüencia inicial a fita já nos mostra a que veio: O oficial Hans Landa nos mergulha num dos diálogos mais longos e menos cansativos do filme, que culmina em uma das peças chaves que nos levará ao final inesperado, ou nem tão.
Este filme é uma mescla de todos os filmes de Tarantino, do sangue para todos os lados de "Pulp Fiction" aos cenários exorbitantes e lindos de "Kill Bill", "Bastardos Inglórios" é sua obra-prima e a prova final de que ele é uma das maiores mentes criativas do cinema atual.
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Por favor, se você ainda não viu este filme, veja.
Certo, vamos falar das atuações, bom, quero falar de uma atuação em especial: Christoph Waltz. O cara não dá chance nenhuma para os outros atores, qualquer cena em que ele apareça, ele literalmente a rouba.
Brad Pitt e compania? Foram ótimos, mas estão em outro patamar de talento, pelo menos pelo que vi neste filme não são páreo para nosso vilão nazista Hans Landa (Christoh Waltz).
Como pensar neste filme e não se lembrar na já citada seqüencia inicial do Hans? Ou no seu astuto chá da tarde com a menina Shosanna Dreyfus, que presenciou o assassinato dos pais pelas mãos do próprio?
Palmas e mais palmas para a atuação deste monstro das atuações.
Bastardos Inglórios no Oscar
Melhor Filme
Melhor Diretor - Quentin Tarantino
Melhor Ator coadjuvante - Christoph Waltz
Melhor Roteiro original
Melhor Fotografia
Melhor Montagem
Melhor Som
Melhores Efeitos sonoros
Com 8 indicações só perde para "Avatar" e "Guerra ao terror" neste quesito. Infelizmente não vejo muitas chances de vitória para a fita, apesar de ser, para mim, de longe o melhor filme de 2009, sem sombra de dúvidas. Mas a questão é que a maioria das categorias tem dono.
Melhor filme: Quem vai tirar esta de "Avatar" (Vide postagem "Avatar" x "Guerra ao terror")???
Melhor diretor: Quentin Tarantino foi o melhor, mas vai explicar isso para a Academia. Esta categoria deve ficar com a ex-mulher de James Cameron, Kathryn Bigelow.
Melhor roteiro original: Esta o fita tem boas chances de brigar, pelo menos está viva na briga e não será surpresa se vencer.
Já das categorias mais técnicas, elas serão divididas quase igualmente entre "Avatar" e "Guerra ao terror", aí você me pergunta o que esses filmes tem de tão bons, essa seria uma pergunta que eu não saberia responder. Talvez melhor fotografia fique com "Bastardos Inglórios". Melhor montagem é outra categoria que deve ficar com esta fita.
Melhor ator coadjuvante: Precisa dizer algo? Christoph, Parábens, esta estatueta é sua fera.
Até mais.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Análise - Amor sem escalas ...E algumas previsões para o Oscar
5 comentários Postado por Atila Ferreira às 09:57Ontem à noite fui ao cinema, plena quinta-feira, sessão das 22h, um filme muito comentado há algum tempo e quando estreou transformou-se em um filme nem tão aclamado pelas bilheterias tupiniquins, seria a sina daqueles que competem com "Avatar"?: "Amor sem escalas". A sessão estava vazia, literalmente vazia, a não ser por três ou quatro casais se "pegando" em cantos estrategicamente escolhidos. Foi muito bom não ter o barulho de crianças e adultos conversando, pessoas se arrumando nas cadeiras e a todo momento alguém passando na sua frente para ir ao banheiro.
O Filme:
Fui para o cinema com uma grande expectativa, claro, temos um elenco formado por George Clooney, Vera Formiga, Anna Kendrick, além da direção, assinada pelo ótimo Jason Reitman, diretor de Juno. No fim... Saí um tanto quanto decepcionado.
Bom, vamos nessa, mas sem spoilers, é lógico ;)
Up in the air, título original, é baseado no livro de Walter Kim e narra a história do emético Ryan Bingham, um funcionário de uma empresa especializada em demissões. Ele viaja o país demitindo funcionários de diversas empresas, deste modo passando grande parte de seus anos "na estrada", ou seria "no ar"? Tudo vai bem para sua carreira, um pouco medonha, até que ele se confronta com duas mulheres que mudarão de alguma forma sua maneira de pensar, e não bastasse, algumas mudanças profissionais que o farão ficar de cabelo em pé.
Mas esta história é só o pano de fundo para uma história que mostra de uma maneira inteligente as diversas formas de se relacionar e o quanto é díficil mudar hábitos e antigas maneiras.
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Nas minhas pesquisas pela internet eu vi muitas discussões com o tema: "Up in the air, romance ou não?". Na minha humilde opinião, é um romance, é um clichê, mas acima de tudo é bom. Pensando um pouco melhor, apesar de clichê é fresh e new. Estranho? É sim, nem eu entendo muito, sabe?
Nos primeiros 15 minutos eu jurei que o filme seria um saco e que seriam minutos e mais minutos de tédio: doce ilusão. Clooney conseguiu transformar um personagem pouco carismático em algo a se comentar positivamente no filme. E com o passar do filme fui percebendo como a Anna Kendrick tem evoluido como atriz, e a belissima Vera Formiga é notável, não há palavras para descrever como é bom vê-la atuar. No mais: um roteiro bem feito e nada além. Posso dizer que esperava mais de Jason Reitman, os atores fizeram tudo que estava ao alcance deles no filme, que tem uma boa proposta, não entendo porquê, mas não foi o que eu esperava.
Amor sem escalas no Oscar
O filme compete em 4 categorias no Oscar deste ano:
- Melhor diretor - Jason Reitman
- Melhor ator - George Clooney
- Melhor atriz coadjuvante - Anna Kendrick / Vera Formiga ***** Indicação dupla
- Melhor Roteiro adaptado
Nada além do esperado. Clooney como sempre entra na lista dos atores e Reitman compete por competir. Sejamos realistas: o Reitman está na lista dos indicados porque a disputa é entre 5, mas a real disputa da melhor direção é entre 2, e infelizmente ele não está nessa.
Melhor ator: O George Clooney tem chances, pequenas. Morgan Freeman (Invictus) deve levar essa, mas deve também se cuidar já que o Jeremy Renner tem a seu favor o estrondoso sucesso de seu filme: Guerra ao terror. Mas apesar disso, não podemos ignorar o vencedor do globo de ouro: Jeff Bridges, por Crazy Heart. Mas digamos que o George está no páreo este ano, tudo pode acontecer, esta é uma categoria sem um grande favorito, mas com grandes atuações.
Melhor Atriz Coadjuvante: Ahhhhhhhhh. Esta sim será uma disputa boa. Mo'nique e o aclamado "Preciosa", grande surpresa em Sundance, Penélope Cruz, sempre ótima em seus filmes e Maggie Gyllenhaal (só para completar, não?) fecham a disputa com as 2 atrizes de "Amor sem escalas". Apesar da ótima atuação da jovem Anna Kendrick, esta ela não ganha, esta disputa deve se polarizar entre Mo'nique, mais pelo que seu filme representa do que pela boa atuação, e foi boa, e na outra vertente fica a Vera Formiga. Claro que prever o futuro é realmente impossível, mas acho que o Oscar fica nas mãos da Mo'nique, por mais que eu torça pela Vera, acho dificil ela conseguir esta, mas fica meus parabéns ao ótimo filme que ela, ao lado de Clooney protagonizou, sim, sim, protagonizou. E lembrando que a Mo'nique já levou o melhor atriz coadjuvante no Globo de Ouro... Agora ficou difícil mesmo, hein Vera?
E por fim, mas não menos importante, temos a grande chance de Oscar de "Up in the air":
Melhor roteiro adaptado: Baseado no livro de Walter Kim, o filme deve levar esta estatueta, apesar dos grandes concorrentes:
Distrito 9 - Neil Blomkamp e Terri Tatchell
Educação - Nick Hornby
In the Loop - Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Lannucci e Tony Roche
Preciosa - Geoffrey Fletcher
Analisando os concorrentes esta é uma das categorias mais dificil de se escolher um vencedor, mas mesmo "Up in the air" não sendo o melhor filme dos 5, na minha opinião, acho que leva esse aí, seilá, uma sensação que ficou ainda maior depois do Globo de Ouro, que premiou na categoria de melhor roteiro: "Up in the air". Justo? Bom, não é meu preferido, mas nem tudo que se quer é o que se tem.
Fiquem ligados que nos próximos posts farei algumas previsões de algumas grandes categorias do Oscar deste ano, além de analisar alguns outros bons filmes, que sejam dignos de tomar o precioso pouco tempo que tenho.
Até mais.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
E foram anunciados no último dia 2 de fevereiro, terça passada, os indicados ao Oscar de 2010, que será realizado dia 7 de março.